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05/01/2011

Conhecendo o Violão

Conhecendo o Violão

Primeiros assuntos a saber:
Música - É a arte de combinar sons de uma maneira agradável. é uma forma de arte que constitui-se basicamente em combinar sons e silêncio seguindo ou não uma pré-organização ao longo do tempo.
Melodia - Combinação de sons sucessivos; uma sucessão coerente de sons e silêncios, que se desenvolvem em uma sequência linear com identidade própria. É a voz principal que dá sentido a uma composição e encontra apoio musical na harmonia e no ritmo.
Harmonia - Combinação de sons simultâneos; a Harmonia é o campo que estuda as relações de encadeamento dos sons simultâneos (acordes). Tradicionalmente, obedece a uma série de normas que se originam nos processos composicionais efetivamente praticados pelos compositores da tradição europeia, entre o período do fim da Renascença ao fim do século XIX.
Intensidade - diferença entre um som forte e um fraco. Intensidade em acústica e música refere-se à percepção da amplitude da onda sonora. Frequentemente também é chamada de volume oupressão sonora, embora a pressão acústica seja uma das propriedades da onda sonora.

Altura - a diferença entre som baixo (grave) e som alto (agudo). altura refere-se à forma como o ouvido humano percebe a frequência fundamental dos sons (i.e. o tom). As baixas frequências são percebidas como sons graves e as mais altas como sons agudos, ou os tons graves e os tons agudos. Tom é a altura de um som na escala geral dos sons.
Ex: Quando dizemos que uma pessoa canta baixo, pode também significar que ela canta muito grave, não só de volume alto ou baixo…
Timbre - permite perceber a diferença entre dois sons semelhantes na duração (tempo), na intensidade (se é fraco ou forte) e na altura (grave ou agudo).
chama-se timbre à característica sonora que nos permite distinguir se sons de mesma frequência foram produzidos por fontes sonorasconhecidas e que nos permite diferencia-las. Quando ouvimos, por exemplo uma nota tocada por um piano e a mesma nota (uma nota com a mesma altura) produzida por um violino, podemos imediatamente identificar os dois sons como tendo a mesma frequência, mas com características sonoras muito distintas. O que nos permite diferenciar os dois sons é o timbre instrumental. De forma simplificada podemos considerar que o timbre é como a impressão digital sonora de um instrumento ou a qualidade de vibração vocal.
ex.: Para melhor entender, suponha um violão com corda de aço e um com corda de nylon, tem timbres diferentes…

Som - é um fenômeno científico que pertence ao domínio da física. Transmitem para o nosso ouvido, vibrações, movimentos alternados muito rápidos.
ex.: Quanto maior a vibração dos sons, mais agudo ouvimos… O som é a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda mecânica; esta onda se propaga de forma circuncêntrica, apenas em meios materiais - que têm massa e elasticidade, como os sólidos, líquidos ou gasosos [1].

Ritmo - Uma combinação de valores das notas dispostas no tempo em que são executadas; O ritmo musical é um acontecimento sonoro, tenha ele altura definida ou não, que acontece numa certa regularidade temporal. É a ordenação dos sons de acordo com padrões musicais estabelecidos. É a variação da duração e acentuação de uma série de sons ou eventos. Na música ocidental, os ritmos estão em geral relacionados com uma fórmula de compasso e seu andamento, que implica uma métrica. O valor do pulsosubjacente, chamada batida, é o tempo. A duração da métrica divide-se quase exclusivamente em duas ou três batidas, chamando-se assimmétrica dupla ou métrica tripla, respectivamente. Se cada batida for dividida a seguir em duas, chama-se métrica simples, se se dividir em três, chama-simétrica composta.
Existem maneiras diferentes de tocar o violão onde temos:
Modos de tocar o Violão:
Violão Cifrado O mais usado pelos violonistas onde o instrumento é usado para acompanhar seu canto, dispondo de acordes ou posições embutidas em um ritmo.
Violão Solado
Um método mais aprofundado onde se usa Escalas Musicais o intérprete executa a melodia da música sem cantar. Muito usado em música
erudita onde os violonistas realizam verdadeiras "acrobacias" com o instrumento.
Obs.: Com o tempo você conseguirá fazer a união de solos e acordes, quando você estiver nesse nível já vai tocar muito bem!
Conhecendo o Violão
O violão é dividido em:
Vamos focalizar os nossos estudos no violão de 6 cordas
Veja a imagem para um melhor entendimento:

a) Mão, parte superior onde ficam as tarraxas.
b) Tarraxas ou cravelha, parte onde regula as cordas, apertando a corda (sentido anti-horário) e folgando(sentido horário).
c) Pestana, pequena peça que pode ser de plástico ou de fibra de carbono. Tem umas pequenas fendas por onde passa as cordas para separa-las e alinha-las.
d) Trastes, objetos metálicos espalhados pelo braço do violão onde divide as casas.
e) Casas, espaço entre um traste e outro que equivale a meio tom que forma a escala musical (veremos adiante).
f) boca, abertura circular no meio da caixa de ressonância.
g) Caixa de ressonância, parte maior do violão por onde sai o som.
h) Cavalete, parte onde prende as cordas na caixa de ressonância.
i) Rastilho, parte branca que fica encima do cavalete, ele dá altura as cordas.

Obs..: Como existem vários tipos de violão, tem muitos com partes a mais, como Knobs (onde controla o volume instrumento elétrico), captadores ou Pick-ups (que passa o som para os amplificadores), tirante (barra de metal que atravessa o braço do violão por dentro) e etc.Vale apena pesquisar, o meu objetivo é ensinar a tocar, não construir um violão.
Dicas para a limpeza do seu violão
Este assunto é um tanto controverso, mas vou publicar aqui aquilo que aprendi durante esses quase trinta anos que convivo com meus instrumentos, seja o violão ou o violino. Basicamente as dicas aqui mencionadas, servem para quase todos os tipos de instrumentos de madeira.
Então vamos às dicas:
•Não use ceras, óleos e qualquer produto que deixe umidade no instrumento. A madeira tem que estar sempre seca para que o som não seja prejudicado;
•Os instrumentos possuem uma camada de verniz que protege o instrumento, portanto, basta uma flanela seca para a limpeza;
•Faça a limpeza toda vez que parar de tocar. Principalmente nas cordas que é para a retirada de impurezas deixadas pela nossa mão e que levam ao enferrujamento das cordas (se for de aço);
•Você pode também fazer a limpeza do braço e dos trastes, usando um bombril. O vídeo abaixo é do Luthier Ricardo Dias e vai ajudar nessa tarefa;
•A única parte do vilão que pode ser passado algum produto é no braço. Em outras partes NÃO use nenhum produto para a limpeza;
•Em último caso - eu disse em último caso - a benzina é um produto que não reage com o verniz, mas só se for muito necessário. Lembre-se, se você limpar periodicamente, não vai chegar a esses extremos.
•Mantenha seu instrumento sempre limpo que, além de ficar com uma aparência mais bonita, ajuda na manutenção do som.
•Se precisar fazer uma limpeza radical, é melhor procurar um especialista no assunto, ou seja, um bom Luthier.

Conhecendo a Guitarra (Violão no Brasil)
 

Vista frontal e vista lateral de uma guitarra.
O nome guitarra refere-se a uma série de instrumentos de cordas beliscadas, que possuem geralmente de 4 a 12 cordas tensionadas ao longo do instrumento e possuem um corpo com formato aproximado de um 8 (embora também existam em diversos outros formatos), além de um braço, sobre o qual as cordas passam, permitindo ao executante controlar a altura da nota produzida. Existem versões acústicas, que possuem caixa de ressonância e elétricas, que podem ou não possuir caixa de ressonância, mas utilizam captadores e amplificadores para aumentar a intensidade sonora do instrumento.
As guitarras, bem como a maior parte dos instrumentos de cordas são construídas pelo luthier. O músico que a executa é chamado guitarrista .

DESAMBIGUAÇÕES

Segundo os músicos e musicólogos, o termo correto para este instrumento seria “guitarra” (em consonância com outras línguas), provavelmente com origem remota na palavra grega kitara. Mas na língua portuguesa, o uso é completamente diverso.
No Brasil
O termo “guitarra” refere-se exclusivamente à guitarra elétrica e a palavra “violão” é usada para se referir tanto à guitarra clássica, como a guitarra acústica, esta segunda com cordas de nylon ou mesmo com cordas de aço, como no caso do violão folk, ou como num violão ovation.
A viola
Acredita-se que o nome "violão" derive diretamente do termo “violino”, que designa vários instrumentos portugueses, da qual a viola caipira brasileira é uma evolução. Embora possua várias diferenças de timbre e de número de cordas, a viola é muito semelhante em formato à guitarra, apenas menor. É compreensível que, para um leigo, uma guitarra seja apenas uma viola grande. Assim, apesar de referir-se ao mesmo instrumento que a guitarra, a origem linguística do nome “violão” foi o termo “viola”, acrescido do sufixo de aumentativo “—ão”.

TERMINOLOGIA GENÉRICA

Família das guitarras
O termo “guitarra” também é utilizado para se referir a famílias de instrumentos com algumas similaridades, embora nem sempre com a mesma acepção. Para alguns autores, a família das guitarras engloba qualquer cordofone com braço e caixa de ressonância cujas cordas são beliscadas. Isso inclui instrumentos tais como:
Instrumentos de cordas beliscadas
Mas outros autores apenas consideram como família das guitarras os instrumentos de cordas beliscadas que têm a caixa em forma de “8”. Isso inclui instrumentos tais como:
e os três da América Latina,

ORIGENS E DESENVOLVIMENTO



Um alaúde mourisco, com seis pares de cordas
Instrumentos similares aos que hoje chamamos de guitarras existem ao menos há 5 mil anos. A guitarra parece derivar de outros instrumentos existentes anteriormente na Ásia Central. Instrumentos muito similares à guitarra aparecem em antigos alto-relevos e estátuas descobertas em Susa, na Pérsia(atualmente no Irã).
A guitarra, em forma muito próxima à guitarra acústica atual, foi introduzida na Espanha no Século IX, mas não se conhece com precisão toda a história deste instrumento. No entanto há duas hipóteses mais prováveis para a introdução da guitarra no ocidente.
A primeira hipótese é que a guitarra seria derivada da chamada khetara grega, que com o domínio do Império Romano passou a se chamar cítara romana, e era também denominada de fidícula. Teria chegado à Península Ibérica por volta do Século I com os romanos. Esse instrumento se assemelhava à lira e posteriormente foram acontecendo as seguintes transformações: os seus braços dispostos da forma da lira foram se unindo, formando uma caixa acústica, à qual foi acrescentado um braço de três cravelhas e três cordas, e a esse braço foram feitas divisões transversais (trastes).
A segunda hipótese é de que este instrumento seria derivado do antigo alaúde árabe, nome originado da palavra al ud, (a madeira), e que teria sido levado para a Península Ibérica através das invasões muçulmanas. O alaúde árabe que penetrou na península nessa época foi um instrumento que se adaptou perfeitamente às atividades culturais e, em pouco tempo, fazia parte das atividades da corte.
Outra hipótese é de que foram aplicadas as técnicas do alaúde (cordas beliscadas, número de cordas, afinação, etc.) a instrumentos de corda friccionada (nessa altura chamadas “violas”). Isso explicaria o fato de em espanhol ter havido a distinção entre vihuela de arco (viola tocada com um arco) e vihuela de mano (viola tocada com a mão).
Origem do nome
A palavra guitarra em português, se origina do espanhol guitarra e é utilizada, com pequenas variações, na maior parte das línguas modernas (guitar eminglês, guitare em francês, Gitarreem alemão, chitarra em italiano, entre outras). Acredita-se que o nome se origine do termo grego khetara ou khitara (que também originou o nome cítara).
Pesquisas linguísticas levam a crer que guitarra pode derivar-se de duas raízes indo-europeias também presentes no nome grego: guit-, similar ao sânscritosangeet, que significa "música", e -tar, uma raiz presente em várias línguas, que significa "corda" ou "acorde". O alaúde iraniano tradicional chama-se tar emlíngua persa, o que colabora esta versão. O tarexiste há milhares de anos e pode ser encontrado em versões de 2, 3, 5, 6 , 7, , 8, 9 e 12 cordas.
A palavra guitarra também pode ser derivada do termo persa qitara, que dá nome para vários membros da família dos alaúdes. O nome guitarra teria, assim, sido introduzido pelos mouros durante as invasões muçulmanas no século X.
Na maior parte dos países de língua portuguesa, o termo guitarra pode se referir a qualquer das variedades do instrumento, seja elétrica ou acústica. No Brasil e em Cabo Verde existe a designação violão para o instrumento acústico com cordas de nylon. É provável que o nome violão tenha surgido devido à semelhança com as violas no formato do corpo. Como a então guitarra era maior, passou a ser chamada popularmente de “violão” (como aumentativo de “viola”). Aos poucos o nome se consagrou no Brasil, e o termo guitarra foi quase totalmente substituído. Apenas no século XX o nome guitarra retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada.
Desenvolvimentos posteriores


A guitarrista de Jan Vermeer van Delft (antes de 1670)
A vihuela espanhola parece ser um instrumento intermediário entre o alaúde e a guitarra moderna, pois possui uma afinação semelhante ao alaúde, mas o corpo já tinha o formato em 8 semelhante, sendo menor, que as guitarras atuais. No entanto não é certo se esta é mesmo uma forma de transição ou apenas um instrumento que combina características dos dois instrumentos. Em favor da segunda hipótese, argumenta-se que a remodelagem da vihuela para se tornar parecida com a guitarra foi uma forma de diferenciar visualmente o instrumento ocidental do alaúde árabe associado aos invasores[carece de fontes]. Esta variedade sofreu alterações em Portugal e deu origem às violas modernas.
Durante vários séculos de história a guitarra acústica ganhou diversas variedades. Há grandes variações em todas as características dos instrumentos: o tamanho e o formato da caixa de ressonância, o formato e a quantidade de aberturas frontais, o comprimento do braço, a quantidade das cordas, a extensão e a forma de afinação. Certas variedades se desenvolveram separadamente e se tornaram instrumentos específicos.
Além disso há algumas variedades que são frequentemente associadas ao género musical em que são usadas, como as guitarras de blues, folk, jazz e aguitarra clássica. Embora sejam fundamentalmente o mesmo instrumento, a variedade utilizada no flamenco, por exemplo, é diferente daquela utilizada namúsica clássica.
Segundo Paco de Lucía, o inventor da guitarra tal como a conhecemos se chama Zyryab. Nascido em Bagdá, ele viveu no fim do século VIII na corte de Córdoba. Ele introduziu uma quinta corda ao 'ud árabe e fundou uma escola de música que exerceu influência considerável sobre a música árabe-andaluz.
Foi Antônio de Torres, um luthier espanhol do século XIX que deu à guitarra a forma e as dimensões da guitarra clássica atual, a partir do qual, diversas outras variedades surgiram no século XX (como a guitarra de jazz, a guitarra folk e a elétrica).
A guitarra elétrica surgiu, independentemente, pela mão de diversas pessoas nos anos 30. Inicialmente a eletrificação consistia em usar o próprio instrumento acústico com um microfone de voz dentro de sua caixa de ressonância. Mais tarde esse microfone foi substituído pelo microfone de contato chamadocaptador ou, em inglês pickup.
Por nem sempre ser necessária uma caixa de ressonância acústica numa guitarra eléctrica, surgiram as primeiras guitarras maciças (Fender Stratocaster eGibson Les Paul) nas décadas de 1950 e 60. As cordas passaram a ser metálicas e captadores magnéticos de indução começaram a ser utilizados.
Afinação
Muitas afinações diferentes são possíveis dependendo da variedade do instrumento. A mais comum para instrumentos de 6 cordas é a “afinação padrão” (EADGBe). Note que a guitarra é um instrumento transpositor. As notas soam uma oitava abaixo do que são escritas. As notas abaixo correspondem à nota produzida pela corda solta:
  • sexta corda (a mais grave a que fica acima de todas as outras): Mi bordão (uma décima terceira menor abaixo do central — aprox. 82.4Hz)
  • quinta corda: (uma décima menor abaixo do Dó central — aprox. 110Hz)
  • quarta corda: (uma sétima menor abaixo do Dó central — aprox. 146.8Hz)
  • terceira corda: Sol Sol (uma quinta justa abaixo do Dó central — aprox. 196.0Hz)
  • segunda corda: Si (uma segunda menor abaixo do Dó central — aprox. 246.92Hz)
  • primeira corda (a mais aguda): Mi (uma terça maior acima do Dó central — aprox. 329.6Hz)
A afinação padrão permite um dedilhado simples para a maioria dos acordes e também a execução de escalas com o mínimo de movimentos de mão esquerda.
Variedades
Guitarra acústica
As guitarras acústicas possuem um corpo oco feito em madeira. São utilizadas em diversos géneros da música, como o rock, bossa nova, country music, jazz, fado e estilos folk de diversos países. Também há versões específicas para a música clássica e para a música da Espanha (flamenco). Como possuem uma caixa de ressonância, têm potência sonora suficiente para a execução sem amplificação, mas podem ser usados microfones ou captadores quando necessário aumentar a potência sonora. Em geral, esses instrumentos são tocados com as unhas ou palhetas e valoriza-se seu timbre natural sem distorções elétricas.
Guitarra elétrica


Uma guitarra
Esta, como dito, é uma versão elétrica da guitarra, porém, com braço maior e de maior alcance, e com maior número de trastes (geralmente entre 20 e 27). Guitarras elétricas podem possuir caixa de ressonância. Neste caso são chamadas de guitarras eletroacústicas. Neste caso, os captadores são instalados dentro da boca. Uma vez que o instrumento é amplificado, as guitarras elétricas não necessitam realmente da caixa de ressonância, por isso atualmente elas são construídas em um bloco maciço de madeira ou diversos tipos de plástico. As partes eletrônicas e demais acessórios são instaladas em cavidades do corpo. Esta montagem tem ainda a vantagem de permitir uma maior resistência à tração ao conjunto, fundamental quando são utilizadas cordas de aço muito tensionadas. As guitarras elétricas são utilizadas principalmente no rock, mas também são frequentes no blues, jazz e música pop. Devido à tensão das cordas de aço usadas nesses instrumentos, a execução mais frequente é com palhetas e diversos efeitos eletrônicos podem ser aplicados durante a amplificação.
Baixo
Instrumento semelhante a uma guitarra elétrica, maior em tamanho e com um som mais grave. Costuma ter quatro cordas de aço, todas do tipo bordão, mas podem ser montados também com mais cordas. O corpo é feito de madeira maciça, em formatos semelhantes às guitarras elétricas e já possui captadores instalados sob as cordas. O braço é mais longo e largo que o de qualquer outra guitarra. A maior parte dos baixos possui trastes que o tornam um instrumento temperado, mas também há versões sem trastes (fretless), inspiradas no contrabaixo acústico. Usado em praticamente todos os estilos musicais populares, o baixo costuma ser tocado com os dedos com técnica semelhante ao pizzicato dos instrumentos com arco. Palhetas também podem ser usadas com menos frequência.Contrabaixo é um instrumento de timbres graves .

Guitarra Clássica

Nota: Este artigo é somente sobre a guitarra clássica ou violão. Para outros tipos, veja Guitarra.
Guitarra clássica
Um 
violão ou guitarra clássica
Nomes alternativos:violão, viola (Portugal)
foto por Silvio Tanaka
Classificação
Extensão
Range 
guitar.png
Outras extensões possíveis de acordo com o encordoamento e afinação.
Instrumentos relacionados
Guitarra de flamenco
Guitarra folk
Guitarra de jazz
A guitarra clássica, também conhecida como violão (em Portugal a denominação mais comum é viola), é uma guitarra acústica com cordas de nylon, concebida inicialmente para a interpretação de peças de música erudita. O corpo é oco e feito de várias madeiras diferentes. O braço possui trastes que a tornam um instrumento temperado. As versões mais comuns possuem seis cordas de nylon, mas há violões com outras configurações, como o violão de sete cordas e o violão baixo, com 4 cordas, afinadas uma oitava abaixo das 4 cordas mais graves do violão.
Características gerais
Sobre o nome A sua configuração moderna e desenho foram confeccionados na Espanha. Presente hoje em quase todos os géneros musicais populares, sua abrangência só se compara à do piano. Ao longo do tempo este instrumento sofreu grandes evoluções e, hoje em dia, possui uma grande variedade de formatos e tamanhos, cada qual mais apropriado a um estilo de execução. Entre os géneros que mais utilizam a guitarra clássica, estão a música erudita, oflamenco espanhol, o vals peruano, a cumbia colombiana, o joropo venezuelano, as rancherasmexicanas, a MPB, o fado português, a modinha, a morna, ochoro, a bossa nova, as gaitas, entre outros.
Na língua portuguesa, o nome "guitarra" se aplica ao instrumento acústico ou elétrico indistintamente. No Brasil e em Cabo Verde manteve-se a designação mais comum violão para a guitarra clássica. Acredita-se que o nome derive diretamente do termo "viola", que designa vários instrumentos portugueses, da qual a viola caipira brasileira é uma evolução. Embora possua várias diferenças de timbre e de número de cordas, a viola é muito semelhante em formato à guitarra, apenas menor. É compreensível que, para um leigo, uma guitarra seja apenas uma viola grande. Assim, apesar de referir-se ao mesmo instrumento que a guitarra, a origem linguística do nome "violão" foi o termo "viola", acrescido do sufixo de aumentativo "—ão".
Mesmo originando-se de um equívoco, o nome violão hoje faz parte do vocabulário de todos os brasileiros e designa de forma inequívoca a guitarra clássica. Muitos compositores e estudiosos tentaram, sem sucesso, fazer com que o termo guitarra voltasse a ser utilizado no Brasil para unificar a nomenclatura a todas as outras línguas. Apenas no século XX o nome guitarra retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada.
Uso na música popular


Um violão ou guitarra clássica
Diversas características do violão o tornam propício ao acompanhamento do canto. Entre elas, a extensão, o volume sonoro, a relativa riqueza harmônica, o baixo custo e o peso reduzido. Isso também o torna o instrumento preferido de alguns intérpretes. Como é fácil de transportar, é comum ver grupos de pessoas reunidas em torno de um violão em festas, bares, praias, estádios, estações de trem ou outros locais ou situações em que as pessoas se agrupam. A execução puramente harmônica para o acompanhamento do canto é facilmente dominada e as revistas com cifras dos sucessos musicais do momento são facilmente encontráveis em qualquer quiosque de jornais. Poucos instrumentos são tão presentes no cotidiano, executados por músicos amadores tanto quanto por profissionais.
No Brasil, apresentações com "um banquinho e um violão", em pequenos espaços, com um cantor se acompanhando ao violão são comuns na bossa nova e na MPB.
A despeito desse valor gregário, em muitas canções, o violão é descrito como o único companheiro das horas de solidão. Os versos de Caetano Veloso em "Tigresa" descrevem um desses momentos: "E eu corri pra o violão num lamento E a manhã nasceu azul Como é bom poder tocar um instrumento". Em outros momentos, o violão é descrito como um item essencial sem o qual a vida não teria sentido. Na letra de "Chão de Estrelas", Orestes Barbosa diz que "(…) a ventura desta vida é a cabrocha, o luar e o violão". No verso final de "Acorda amor" (Julinho da Adelaide, pseudônimo de Chico Buarque) o marido em fuga pede à sua esposa que não se esqueça de colocar na mala os itens de primeira necessidade: "Não esqueça a escova, o sabonete e o violão".
Em Cabo Verde, o violão é o instrumento-rei para acompanhar géneros musicais locais, tais como a coladeira, a mazurca e a morna, e pode ocasionalmente ser usada em outros géneros. Para além de instrumento de acompanhamento é também utilizado como instrumento solista.
Em Portugal, para além de ser usado em vários géneros musicais, é o principal instrumento de acompanhamento para o fado (sendo, neste caso, chamado pelos músicos de "viola"), onde a parte melódica é feita na guitarra portuguesa e o baixo feito no violão baixo.

[CONSTRUÇÃO

Para as características comuns a toda a família de instrumentos, ver o artigo guitarra
A guitarra clássica possui diversas características em comum com todas as outras guitarras. A principal diferença em relação às outras é o fato de usar cordas de nylon, a cabeça possuir carrilhões em vez de cravelhas, o braço é mais largo e o tipo de madeiras usadas. A guitarra clássica pode ser eletrificada mediante o uso de microfones externos ou colocados junto às cordas. A figura abaixo mostra as partes de uma guitarra clássica.
Partes
 de uma guitarra acústica ou violão
1 Cabeça, mão ou palheta
2 Pestana ou capotraste
3 Tarraxas, cravelhas ou carrilhões
4 Trastes
6 Elementos decorativos
7 Braço
8 Tróculo
9 Corpo
12 Cavalete
14 Fundo
15 Tampo Dianteiro
16 Lateral, faixas ou ilhargas
17 Abertura ou boca
18 Cordas
19 Rastilho
20 Escala
Cabeça, braço e escala


Cabeça de uma guitarra clássica, mostrando o sistema de afinação diferente de outras guitarras acústicas.
A cabeça (1) da guitarra clássica é geralmente feita da mesma madeira do braço e em alguns casos é entalhada no mesmo bloco de madeira. É fixada na extremidade do braço formando um pequeno ângulo para facilitar o posicionamento das cordas sobre a pestana (feita de osso ou plástico). Os carrilhões dos instrumentos modernos são feitos de aço com abas de plástico, osso ou madrepérola. Na maior parte das guitarras acústicas há três carrilhões de cada lado da cabeça. Outras configurações são possíveis, como 4+2, 4+3 em violões de 7 cordas e 2+2 para violões baixo.
O braço (7) do violão é mais largo que o de outras guitarras acústicas, como por exemplo, a guitarra folk. É composto basicamente de uma barra maciça e rígida de madeira fixada ao corpo. Madeiras de grande resistência à tração são preferíveis, as mais usadas são o mogno e o cedro. O braço é colado ao corpo com o auxílio de um reforço estrutural, o tróculo (8), em geral entalhado na mesma peça do braço, mas que também pode ser uma parte separada e colada ao braço e ao corpo.
Feita de uma madeira diferente do resto do braço, como ébano, a escala (20) é montada sobre o braço para fixar os trastes e servir de apoio aos dedos do executante. As guitarras clássicas geralmente não apresentam elementos decorativos sobre a escala. Os violões modernos são construídos com os trastes posicionados para proporcionar intervalos iguais em todos os semitons (temperamento igual). Em geral, a parte livre do braço é mais curta que nos instrumentos elétricos, com doze trastes da pestana até a junção com o corpo.
Corpo
Em todos os tipos de violão o corpo (9) tem as funções de caixa de ressonância e de fixação das cordas. A combinação de madeiras utilizadas não é meramente decorativa. Cada madeira é escolhida devido às suas características físicas, tais como flexibilidade, resistência à tração e absorção de umidade. As características combinadas de cada madeira permitem construir instrumentos com a sonoridade desejada, bem como garantem que o instrumento teráafinação e timbre estáveis em condições diferentes de temperatura, umidade e tensão das cordas.
Devido ao formato característico do corpo do violão, costuma-se dizer que ele tem as mesmas proporções de um corpo feminino. Por analogia também diz-se de mulheres que têm a cintura acentuada, que têm um "corpo de violão".
Faixas laterais (16)
Feitas de madeiras resistentes à tração. A madeira preferida para esta parte do corpo é o jacarandá da Bahia. Como esta árvore está em risco de extinção, apenas luthiers que possuem estoques antigos utilizam essa madeira. Uma alternativa é o jacarandá da Índia, também chamado Rosewood. Também pode ser usado o mogno ou algumas outras madeiras. As finas lâminas, de no máximo 3 mm de espessura e com cerca de 3 a 5 cm de largura, são molhadas e moldadas no formato desejado do instrumento (normalmente no formato aproximado de um 8) com a ajuda de moldes de madeira e grampos. Após alguns dias as faixas adquirem a forma definitivamente. Várias peças de madeira em forma de "L" são coladas ao longo de toda a parte interna das faixas. Estas peças servirão para colar o fundo e o tampo.
Fundo (14)
Construído da mesma madeira que as faixas, o fundo também é uma lâmina fina de madeira, cortada para preencher exatamente o contorno definido pelas faixas. Na verdade, não é constituído de uma única chapa, mas de duas partes simétricas fixadas no meio a um estrutura que se estende longitudinalmente ao corpo. O resultado é um fundo que não é plano, mas levemente curvo em direção ao exterior. Essa montagem permite a dilatação e faz com que alterações da madeira decorrentes de variações de temperatura ou umidade sejam absorvidas sem danos às lâminas.
Tampo (15)
Esta é a principal parte do corpo do violão. Como as cordas são fixadas ao tampo, quando elas vibram todo o tampo vibra solidariamente. Este efeito é responsável pela maior parte da amplificação acústica. Como deve agir como uma membrana, o tampo deve ser construído de uma lâmina fina (em geral menos espessa que o fundo e laterais) de uma madeira altamente flexível, mas ainda assim resistente o suficiente para suportar a tração ocasionada pelas cordas. A madeira preferencial para o tampo é o cedro, mas várias outras madeiras podem ser usadas. Os melhores instrumentos são obtidos de árvores com pelo menos 200 anos, que possuem veios praticamente paralelos. Assim como o fundo, o tampo é obtido de uma única chapa de pinho dividida em duas metades unidas ao meio e colado aos suportes em "L". No ponto de junção entre as faixas e o tampo, um friso é colado como elemento decorativo e também como reforço estrutural do conjunto.
Aproximadamente no centro do tampo, uma abertura, a boca (17) serve para permitir a passagem do ar em vibração. Em geral, um mosaico feito emmarchetaria decora e protege as bordas das aberturas. O desenho utilizado é característico de cada luthier.
Na parte interna do tampo, uma complexa estrutura de barras ou ripas de madeira é construída para "disciplinar" a vibração do tampo. Chamada de leque, esta estrutura é fundamental para permitir o reforço de determinados harmônicos e a absorção de ruídos indesejáveis. Em geral o número de barras e o desenho utilizado é característico de cada luthier ou de cada modelo.
Abaixo da boca é colado o cavalete (12), usado para fixar as cordas ao corpo. O cavalete possui furos para a fixação das cordas e sobre ele é montado orastilho (19), uma barra de osso ou plástico que serve para apoiar e distanciar as cordas do corpo e da escala, além de transmitir a vibração das cordas ao tampo.


Detalhe do cavalete mostrando a fixação de um encordoamento de nylon
Encordoamento
As guitarras clássicas utilizam exclusivamente cordas (18) de nylon; a construção deste tipo de instrumento não suporta a tensão maior proporcionada pelas cordas de aço.
As cordas mais finas, chamadas de primas ou agudas, são feitas de polímero monofilamento (um fio único), de nylon ou compostos utilizando carbono e titânio. As mais grossas, chamadas de bordões ou baixos, consistem de um núcleo composto por multifilamentos de fios de nylon, enrolados em espiral por um fio metálico. Este fio é feito geralmente de cobre (puro ou suas ligas), cobre banhado a prata, ou mesmo de prata pura, tratado com revestimento antioxidante. Esta construção permite maior resistência à tração, maior estabilidade de afinação e maior flexibilidade do que seria possível caso se usassem fios de cobre também nas cordas mais grossas.

EXECUÇÃO

Música clássica
Este instrumento originou um ramo da música clássica composta por obras escritas especialmente para tirar partido das possibilidades expressivas do violão, geralmente prelúdios,sonatas e concertos, embora qualquer forma de composição musical possa ser utilizada. O violão é tocado sem o uso de palhetas, utilizando-se as unhas (normalmente da mão direita). As unhas devem estar bem polidas para um som mais perfeito. Ao contrário da música popular a execução mais frequente é de uma linha melódica tocada nas cordas agudas e linhas de baixo, escalas e arpejos são tocados simultaneamente à melodia principal.
Principais compositores que escreveram para o instrumento
Século XIX
Século XX
Música popular
Na música popular as guitarras clássicas são utilizadas para acompanhamento do canto e a execução freqüentemente é harmônica. Os acordes são montados com a mão esquerda e com os dedos da mão direita ou palhetas, são feitos diversos tipos de ritmos ou arpegios. Alguns géneros musicais permitem a utilização de linhas melódicas em introduções e solos. No jazz podem ser utilizadas técnicas mais elaboradas como o tapping e a execução comharmônicos. Na música popular é comum a amplificação das guitarras clássicas com microfones dinâmicos. Os amplificadores permitem ajustes de tonalidade e mesmo algumas leves distorções são toleráveis em alguns estilos populares.
Principais instrumentistas
A lista abaixo apresenta
Bélgica
Brasil
Cabo Verde
Cuba
Espanha
Estados Unidos da América
Portugal
Reino Unido
Japão

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